segunda-feira, 19 de novembro de 2007

este nao é um edificio para ser implantado















segue o trecho de um e-mail meu para o claudio amaral (orientador)... discutimos no ultimo atendimento uma proposta de ocupar, de intervir fisicamente em alguns vazios da cidade (da minha vizinhança, onde sou mais habituado), e ele me questionou pois a ocupação nao aparecia o blog:

estou preocupado com uma coisa. o meu predio não é uma proposta de edificio urbano... eu loquei ele em um entorno mto mais porque vc me perguntou do entorno e tudo mais... e foi mto melhor para projetar, realmente. mas o meu TFG nao se trata de implantar um edificio.

o "memorial", ou "casa da cidade incompleta" é uma metáfora de um discurso, como um desenho que ilustra um livro... a proposta é na verdade muito mais simples que o projeto arquitetonico. Ela consiste em dois momentos, que podem acontecer em ordens distintas:
A - compartilhar e aprimorar um conhecimento sobre o espaço urbano de bauru (contar uma história, e estar aberto a ouvi-la por outras pessoas)
B - trabalhar com outras pessoas em ações práticas, simples e poéticas (com espaço até para a funcionalidade se for preciso) que ocupem os espaços ociosos e de direito na cidade. Esses espaços flutuam do lote vazio, à tribuna dos vereadores.

a revista nada mais é que uma versão impressa da minha pesquisa e discussão. o edifício, nada mais é que uma versão tridimensional da minha pesquisa, discussao e sentimentos.

o espaço externo do edifício é o momento da prática, é um imenso atelie onde as pessoas possam levar seus produtos para casa e ocupar os vazios vizinhos... se o edificio está para a revista (e vice-versa), o espaço externo (os platos e os muros soltos) está para a cidade, pois qualquer espaço pode ser apropriado para a confecção desse mobiliario urbano q é atuante e que ocupa os vazios.

o edificio é a metafora do conhecimento, do discurso, da historia... o jardim é o espaço da cidade e da atuação. espaço onde o conhecimento é prático, e é divertido... onde as pessoas sao nao-tecnicos, e podem ensinar e aprender uns cons os outros... voltar e fazer novos objetos, se aprimorar, e ocupar a cidade.

entre o edificio e o jardim, sobra uma parede cega, e a topografia forma o espaço de um anfiteatro natural... esse espaço está destinado para cinema ao ar livre, apresentações de musica, debatedores e afins.... entre o edificio e o jardim (entre o academicismo e a cidade), há um espaço fluído para ser ocupado, com arte, beleza e debate.... esse espaço só acontece, se o edificio entrar no jardim, e o jardim no edificio, é o espaço da troca pode fortalecer um e outro, mas um e outro tem que se cruzar, mesclar, mutar...

nada disso antecedeu o projeto, racionalmente... as suas questoes me fizeram verbaliar um processo que foi completamente subjetivo.... foi isso o q senti, foi isso q virou projeto... espero conseguir organizar isso de forma clara para as midias q deve expor meu trabalho, o "livro" do protocolo, e a apresentação na banca...

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